A História do Cinema Catarinense revela uma produção cíclica, pequena e esparsa. Nossa produção tem início nos 20 e 30, do século anterior, com dois cinegrafistas que atuaram principalmente na região do Vale do Itajaí. O italiano José Julianelli e Alfredo Baumgarten, filho de imigrante alemão, desenvolveram um trabalho intuitivo e contribuíram para a posteridade com um acervo de filmes de valor inestimável.

Os raros trabalhos sobre a História do Cinema Catarinense confirmam as lacunas existentes na produção cinematográfica regional, a partir das realizações dos pioneiros Julianelli e Baumgarten. Apenas constatam até a década de 60, dois pequenos surtos produtivos: um sob o comando do cinegrafista amador Willy Sievert, iniciado nos anos 40, e outro, do Grupo Sul, surgido a partir da produção do longa-metragem “O Preço da Ilusão”, realizado em 1957. Resultado do desdobramento do primeiro longa ficcional catarinense, a Produções Carreirão realizou inúmeros documentários e jornais de tela até os anos 70.

O Grupo Universitário de Cinema Amador produziu vários curtas-metragens experimentais no final de 60 e início dos anos 70.

Rogério Sganzerla, Sylvio Back e Marcos Farias, cineastas nascidos em Santa Catarina e que ganharam projeção internacional com trabalhos realizados no eixo Rio/São Paulo, também realizaram alguns filmes em Santa Catarina nas décadas de 70, 80 e 90.

Mas, a geração do Super-8,em meados dos anos 80,  colocou Santa Catarina definitivamente no mapa do cinema nacional, produzindo uma série de curtas e documentários nas bitolas de S8, 16 e 35mm.

A partir de então, a produção audiovisual não pode ser mais considerada  uma atividade cíclica, embora ainda produzida com dificuldades, tornou-se  irreversível com a criação de Associações, Sindicatos, Leis, Faculdades e muitos filmes.