Arte: Maria José Coelho (Zezé) e Sandra Werle.

“É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”.
Paulo Freire.

É com as palavras do nosso querido educador que o Bloco Baiacu de Alguém se inspirou para cantar e pular mais um carnaval virtual em 2022! São quatro lives, realizadas nos dias 23, 25, 26 e 28 de fevereiro com a banda Batutas do Baiacu.

PROGRAMAÇÃO

Live 23/2 (quarta-feira) – Das 19h às 21h
Com a banda Banda Os Batutas do Baiacu.
Apoio: CESUSC e CRAS.
Parceria: Grupo de Segurança Alimentar do Norte da Ilha.
Tema: Fome.
Mote: Você tem fome de quê?
ASSISTA A GRAVAÇÃO.

Live 25/2 (sexta-feira) – Das 14h às 16h
Com a banda Banda Os Batutas do Baiacu.
Apoio: Instituto Arco Íris
Parceria: CAPS – Centro de Atenção Psicossocial
Tema: Saúde Mental
Mote: Sê maluco é coisa de doido!
ASSISTA A GRAVAÇÃO.

Live 26/2 (sábado) – Das 17h às 19h
Com a banda Banda Os Batutas do Baiacu.
Apoio: Espaço Elza
Tema: Infância
Mote: As Crianças e o Esperançar.
ASSISTA A GRAVAÇÃO.
Em virtude de um erro técnico na transmissão do áudio ao vivo disponibilizamos a peça completa com áudio na integra. ASSISTA AQUI.

Live 28/02 (segunda-feira) – Das 21h às 23h
Com a banda Banda Os Batutas do Baiacu.

Tema: Esperançar de um novo tempo
Mote: 30 anos de folia.
ASSISTA A GRAVAÇÃO.

SAMBA-ENREDO DO BLOCO CARNAVALESCO BAIACU DE ALGUÉM 2022

Lamento:

É Baiacu
É Freire, é Vandré
É samba no pé
É cultura nacional

São trinta anos
De mãos com a democracia
Reunindo alegria
Pra fazer o carnaval.

Samba:

Tem que esperançar
Jamais esperar
Porque esperar não é saber
O Baiacu que faz a hora não espera acontecer

Tem que esperançar
Jamais esperar
Porque esperar não é saber
O Baiacu que sabe a hora não espera acontecer

Hoje o Baiacu lá no seu canto
Meio riso meio pranto
Meio gozo meio dor

Nesse carnaval de pandemia
Vem mostrar sua alegria
Doses muitas de amor

Trinta anos de folia,
carnaval, democracia
e a cultura popular

Sem negacionismo e preconceito
E na luta por direitos
Tá na hora de virar

Baiacu e o Esperançar para um Novo Tempo

“É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”.

Paulo Freire

A pandemia da Covid-19 trouxe centenas de desafios para a humanidade: adoecimento e mortes incontáveis, serviços de saúde no total de sua capacidade e exaustão dos profissionais, exigência de distanciamento social, alterações das condições de trabalho, das condições do lazer, proibição das aglomerações, das festas. Crise social e econômica. Todas estas condições provocam sentimentos de medo, insegurança, ansiedade e depressão nas pessoas. 

Antecipou o momento da tecnologia, todos tivemos que aprender a inovar, com aulas e reuniões remotas, e os artistas e músicos com suas lives e streamings… 

Junto com a pandemia, veio o pandemônio: o negacionismo, aqueles contra a ciência, os contra a vacina, a proliferação do ódio, do preconceito racial, da homofobia, da violência contra as mulheres, as fake news. Vieram aqueles que se aproveitam da crise para lucrar, que representam o lado da fúria do capital, que só vê “din din” onde teriam que ver humanidade, saúde, cultura e educação. Com isto, tivemos o que há de mais cruel: a volta da condição da fome para a maioria da população, o desemprego. A disparidade da distribuição da vacina entre os países escancarou esse lado cruel do sistema. 

Mas o vírus deu o rebote, mostrou que não há diferenças que compensam. Veio dos países mais pobres e com menos condições de vacinar sua população uma nova variante, uma nova onda de contágio que tomou o mundo inteiro novamente, e nos pegou novamente no cansaço e no desespero! 

E lá vamos, mais um ano de carnaval virtual!!! Portanto, fica mais uma vez a lição: ou estamos todos juntos, a humanidade se coloca em condições de igualdade e ocorre uma equidade na distribuição de recursos e serviços de saúde, ou não teremos solução para o humano.

Ou cada um enxerga para além de si, do seu próprio umbigo e de suas necessidades e percebe que só é possível cuidar de si se também cuidar dos outros. E que só se pode cuidar dos outros se cuidando também, ou sucumbimos enquanto coletividade. 

Todos estes desafios trouxeram o outro lado da moeda. É preciso esperançar, abrir campo de possibilidades para um novo tempo, um novo mundo, um novo país! 

Como diz Paulo Freire, recordado em 2021 em seu centenário: “Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”… Esperançar é a defesa da democracia, da diversidade social, racial, sexual, é garantir direitos humanos para todes, vacina para todes, comida no prato de cada um!! 

E como levar adiante? Como construir este novo? A cultura é fundamental para esta construção. A alegria e a beleza da arte, da música e do carnaval rompem a tristeza e possibilitam a promoção da saúde mental.

A cultura tem sido fundamental, sabemos, para a garantia de um pouco de saúde mental das pessoas na pandemia!!! O cinema e a TV em casa, os espetáculos virtuais, as reuniões online, as transmissões… tudo isto nos salvou do marasmo, solidão e desespero pois todos ficamos muito afetados em nosso emocional com as incertezas próprias do período pandêmico. 

E aqui está o Baiacu de Alguém com mais um carnaval virtual, para todos os públicos e todes que quiserem se divertir!!! O Baiacu os convida a esperançar!!!

Sim, a esperança vai vencer o ódio!! A alegria vai superar a depressão e a ansiedade deste momento de desespero, pois todos sabemos que é preciso, como diz o Jorge Aragão: “Reconhecer a queda, mas não desanimar… Levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.” Vamos sambar, vamos nos divertir, contagiar de cultura e alegria. Os novos tempos já estão se deixando ver, como um nascer do sol que se espelha sobre as águas do mar refletindo intensamente a sua luz!!!

Daniela Ribeiro Schneider
Coordenação Baiacu de Alguém

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PRODUÇÃO DO CARNAVAL VIRTUAL BAIACU DE ALGUÉM 2022

COMPOSITORES DO SAMBA ENREDO
Alvinho Guimarães, Cris Cavaco, Denilson Machado, Fidel Piñero, Jackson Cardoso, Júlio Black, Reizinho.

BANDA OS BATUTAS DO BAIACU

Reizinho, Cris, Fidel, Ney, Platt, Julio, Jackson, Alvinho, Raquel, Guima, Gil, Denilson.

VIDEOCLIPE

Estúdio: Um Lugar
Atuação: Paula Maba
Imagens Aéreas: Roberto Dummer
Direção e Edição: Vitoria Vision

LIVES

Produção: Guilherme Poetsch, do Studio Fides.

Pré-produção: Thiago Skárnio, da @GaneshaPress.

COMUNICAÇÃO

Site e mídias sociais: Thiago Skárnio, da @GaneshaPress.

COORDENAÇÃO

Daniela Ribeiro Schneider e Nelson Motta, da Associação Baiacu de Alguém.

A Associação Cultural Baiacu de Alguém foi contemplada com um projeto selecionado pelo Edital Aldir Blanc 2021 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense da Cultura, que viabilizou a realização de todas essas ações. Viva a Cultura Brasileira!